É uma das histórias mais bonitas à volta da prova de surf dos Jogos Olímpicos de Paris'2024.
Reconhecida unanimemente como uma das maiores potências desportivas a cada Olimpíada, neste momento lidera o medalheiro, a China mostrou mais uma vez a sua força ao estrear-se numa competição olímpica de surf.
Um feito já por si digno de registo, uma vez que o gigante asiático não é nem de perto, nem de longe uma potência da modalidade.
Tudo ganha ainda maior relevo porque quem protagonizou a inédita proeza foi uma surfista de 15 anos. Siqi Yang entra para a história como a mais jovem surfista a participar numa prova olímpica de surf.
A qualificação foi obtida quando contabilizava 14 primaveras via Mundial ISA de 2024, evento no qual estava em disputa os últimos passaportes para Paris.
Logo aí, Yang deixou o mundo do surf de boca aberta com o feito conseguido nas águas de Porto Rico. Foi a melhor surfista asiática, fechando a competição num honroso 15º lugar.
Apesar da tenra idade e de todo o conhecimento que Teahupoo exige, Siqi não exibe receio em enfrentar os pesados tubos de uma das mais temidas ondas de consequência do mundo.
Até poucos dias antes do arranque da prova olímpica no Taiti, a surfista chinesa nunca tinha surfado na arena taitiana, localizada em pleno Oceano Pacífico.
Treinou, adaptou-se e os resultados estão à vista. Já venceu um heat, fazendo mais um pouco de história para o surf chinês.
Siqi está entre as 16 melhores surfistas do evento ao conseguir atingir a ronda 3. Para isso, a competidora asiática teve de suplantar a peruana Sol Aguirre na ronda de repescagem.
Agora, a próxima adversária é nada mais, nada menos do que Caroline Marks, a vigente campeã mundial de surf. É a primeira bateria da ronda 3. A Siqi Yang espera uma tarefa hercúlea, mas esta já mostrou que não há impossíveis.
Curiosamente vai dividir o lineup de Teahupoo com uma surfista que pode servir de fonte de inspiração, uma vez que Marks também começou a deixar desde muito cedo a sua marca na elite mundial do surf.
Caroline foi rookie no circuito mundial de surf com somente 16 voltas ao sol completas, sendo que aos 17 anos já era vice-campeã do mundo, tendo ganho em Peniche.
Criada nas montanhas da província de Sichuan, Yang até tinha medo da água inicialmente. Experimentou o taekwondo, que também é modalidade olímpica, mas é em cima de uma prancha de surf que é feliz e tornou-se conhecida.
Começou a surfar nas ondas da ilha de Hainan e mais tarde, com a ajuda do governo chinês, começou a treinar em diferentes locais do país, iniciando também a carreira competitiva. O resto é história que vai sendo escrita...
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