Mais de 5,5 milhões de toneladas de plástico entraram nos oceanos só este ano, indicam dados da organização ambientalista WWF, que alerta também para o elevado consumo de sacos de plástico, um milhão por minuto.
A propósito do Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, que é assinalado esta quarta-feira, as organizações ambientalistas portuguesas ZERO e Quercus alertam para a necessidade de restrição do consumo dos plásticos descartáveis e apostar-se na circularidade dos produtos.
O Dia Internacional Sem Sacos de Plástico destinado a sensibilizar para a necessidade de acabar com o consumo de sacos de plástico de uso único e de promover a conservação ambiental, foi criado pela organização 'Bag Free World' e comemora-se sempre no dia 3 de julho, sem tema específico para cada ano.
O plástico pode demorar centenas de anos a degradar-se e afeta especialmente o sistema marinho (80% do lixo marinho é plástico), com dezenas de espécies a ingerirem plástico e a ficarem presas nele.
A organização 'World Wide Fund for Nature' (WWF) estima que em cada ano morrem 100.000 mamíferos marinhos devido à poluição por plástico.
Em comunicado sobre a efeméride, a associação ambientalista Quercus apela para "um futuro livre de plásticos descartáveis" e salienta a importância de uma economia circular que valorize os recursos em vez do habitual "produzir, usar e descartar".
A Quercus enfatiza no comunicado que em cada ano poderão ser consumidos no mundo cinco biliões de sacos de plástico, mais de 600 por pessoa, com cada um a ser usado em média menos de 25 minutos.
Citando dados do Eurostat, a Quercus diz que a reciclagem do plástico também enfrenta desafios e que em 2018 apenas 32% dos resíduos plásticos na Europa foram enviados para reciclagem.
A WWF diz que sem medidas imediatas a poluição por plásticos poderá triplicar até 2040
O organização ambientalista alerta que em cada ano a União Europeia produz 3,4 milhões de toneladas de sacos de plástico e que não faz sentido produzir algo que dura centenas de anos para ser usado alguns minutos.
Segundo o movimento ambiental e de sustentabilidade Zero Waste Europe, se o "mundo não parar completamente a produção, dentro de 30 anos o peso dos sacos de plástico atirados para os mares e oceanos ultrapassará o de todas as criaturas que neles vivem".
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