Desde os primórdios que o Homem cria o hábito de assinalar datas. Se nos lembrarmos das aulas de História, desde os Maias, povos Pagãos ou Cristãos, todos tinham em comum este hábito de celebrar, de juntar a sua comunidade e em conjunto assinalar periodicamente datas com significado.
Foi também com este sentido de comunidade que em 2005 nasceu o Dia Internacional do Surf, numa colaboração entre a Surfing Magazine e a Surfrider Foundation. Promoveu-se a partir daí uma celebração internacional com dois propósitos: celebrar o surf e toda a sua cultura, mas também manter presente a consciência sobre a saúde dos nossos oceanos.
A reflexão que devemos fazer está relacionada com um dos pontos de partida desta data, a celebração do Surf.
Isto, porque o ato em si demonstra um reconhecimento da importância da comunidade, do sabermos que não estamos sós e que, mais do que um desporto individual, grande parte daquilo que é chamada “Cultura de Surf” existe como resultado dos laços criados dentro da comunidade.
A grande maioria dos praticantes começa de duas formas: com um grupo de amigos ou numa escola de surf. Ambas as situações resultam em memórias de partilha de momentos vividos dentro de água, dentro do espaço natural, que ficam para a vida.
Há de facto algo indescritível na sensação de deslizar numa onda, mas o ato de estar na natureza, não traz consigo uma sensação muito diferente.
Para muitos, o apenas ter a oportunidade de se sentir como parte da Natureza, torna-se suficiente para uma sensação de bem-estar, mas também de pertença.
Por outro lado, temos observado ao longo da história que as comunidades mais organizadas e próximas são aquelas que têm a capacidade de influenciar de forma mais eficaz os decisores políticos e proteger o seu espaço natural, que tanto valorizam.
O desenvolvimento da sociedade leva muitas vezes à ameaça destes espaços, sendo as zonas costeiras de especial interesse.
Assim, mais do que uma Cultura de Surf por si só, vendida em t-shirt, precisamos de surfistas (ou amantes da praia), que vivam esta cultura, que se mobilizem para a viver, dentro e fora de água.
Nos dias de hoje, em que grande parte da vida se faz atrás de um écran, nunca os diferentes atores coletivos tiveram tanta importância para a manutenção e promoção da Cultura de Surf.
Estou essencialmente a referir-me às escolas, lojas e clubes, que estando presentes física e diariamente, são quem mais tem a capacidade de agir e promover um ambiente saudável de colaboração entre todos.
A criação do International Surfing Day procura apenas valorizar e promover esta comunidade, criando o mote para aquilo que poderão ser bons momentos, na praia, com os amigos.
Nos últimos 19 anos, as celebrações continuaram a crescer, tornando-se um evento verdadeiramente internacional.
Países como Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Argentina, Peru, México, França, Reino Unido, Portugal, Espanha, Noruega, Israel, Japão, Coreia do Sul e comunidades costeiras em todos os Estados Unidos da América, assinalam a data, aumentando cada vez mais a sua importância.
A forma, essa depende da vontade, criatividade e disponibilidade, mas o mais importante é que estejam acessíveis a todos e seja um ponto de partida para que a natureza esteja diariamente nas nossas vidas.
Através da rede de livecams , podes visua lizar em direto e em tempo real toda a evolução do estado do mar e da praia.
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