O circuito mundial de surf está a chegar à América Latina para o sétimo evento da temporada de 2024, o El Salvador Pro.
Na visita da elite mundial aquela latitude, que sucede pelo terceiro ano consecutivo, curiosamente o ranking mundial feminino é encabeçado por uma surfista da América Central.
Após o inesquecível Tahiti Pro, a costarriquenha Brisa Hennessy ascendeu ao primeiro posto da hierarquia mundial, desalojando a prodigiosa Caity Simmers desse lugar por uns magros 40 pontos.
Aos 24 anos de idade, Brisa veste a licra amarela pela segunda vez na carreira, a estreia ocorreu em 2022 no nosso MEO Pro Portugal.
Se naquela altura, Hennessy tornou-se número um mundial na sequência da histórica vitória em Sunset Beach, a primeira e única no CT até ao momento, agora o cenário é diferente.
A surfista que vai defender as cores da Costa Rica nas Olimpíadas de Paris'2024 atingiu o topo a surfar a onda da consistência.
Se o famoso lema da Costa Rica é 'Pura Vida', bem se pode dizer que o mantra de Hennessy na temporada de 2024 tem sido pura consistência. Verdadeiramente à prova de bala.
Nas seis etapas já colocadas na água, Brisa alcançou as meias-finais em cinco delas.
A única exceção foi no MEO Rip Curl Pro Portugal. Aí, a sufista costarriquenha foi forçada a desistir do evento luso após a ronda 1 devido à perfuração do tímpano esquerdo.
Até ao momento, este é o único asterisco num percurso distintivo e cujo resultado está à vista. Nos cinco campeonatos em foi semi-finalista, porém, a competidora de 24 anos só por uma ocasião avançou para a final.
Isso aconteceu na última etapa, o Tahiti Pro, onde exibiu em grande estilo toda a sua técnica tubular e só foi travada pela sensacional wildcard Vahine Fierro.
Toda uma transformação de resultados para melhor face à última campanha, na qual foi uma das surfistas que ficou abaixo do cut de meio da época.
Valeu então a atribuição de um wildcard por parte da WSL para que Brisa pudesse a continuar a competir entre as melhores surfistas do planeta , sem ser necessário o ingresso no circuito Challenger Series.
Uma dádiva que está a aproveitar da melhor maneira. Desde logo a requalificação para 2025 já está assegurada.
Se estivéssemos com o circuito mundial de surf no formato antigo, a pontos corridos durante toda a época, Hennessy estava no caminho certo para quem sabe ser a autora de uma proeza para a história do surf de competição da Costa Rica.
Assim, com o formato de finalíssima em vigor pelo quarto ano consecutivo, resta a Brisa manter a bitola para tentar chegar a Trestles de licra amarela.
Depois aí, num só dia de competição para definir a nova campeã do mundo de surf, a história é outra e a trajetória registada durante o ano só vale para uma coisa. É a última surfista a entrar em ação. Que o diga Carissa Moore...
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