É algo que pode marcar um antes e um depois nas provas da World Surf League (WSL).
Através das redes sociais, a entidade que tutela o surf profissional a nível mundial reconheceu publicamente um erro no julgamento de uma bateria do Gold Coast Pro, a etapa inaugural do circuito Challenger Series versão 2024.
Tudo aconteceu no terceiro heat da ronda 3 da prova masculina, que decorre por estes dias nas emblemáticas direitas de Snapper Rocks, na Austrália. O lesado foi o antigo top mundial Nat Young.
Perto do último minuto da bateria e tendo como requisito 7,21 pts para saltar do segundo para o primeiro posto, Young surfou uma onda que foi avaliada pelos juízes em 4,03 pts.
Uma pontuação que agora, de acordo com a WSL, veio a revelar-se desajustada face ao que foi plasmado na água pelo competidor de 32 anos.
"O Chefe de Juízes e o Nat estiveram juntos para fazer uma revisão da bateria, tendo visualizado todas as ondas do Nat, Mikey e do Charly. O Chefe de Juízes reconheceu que o 4,03 pts do Nat foi de facto avaliado por baixo e que a onda deveria ter entrado na casa dos 5 ou 6 pontos", considera a WSL.
"Mesmo que não seja o 7,21 pts que o Nat necessitava para avançar, ainda assim queremos reconhecer o erro", sublinha a entidade.
A verdade é que Nat Young acabou por ser eliminado neste polémico heat, tendo baixado do segundo para o quarto posto no último suspiro do confronto.
O francês Charly Quivront, vencedor da bateria, e o australiano Mikey McDonagh foram os dois surfistas que avançaram para os oitavos-de-final, enquanto o gaulês Marco Mignot, antigo campeão europeu da WSL, também ficou pelo caminho.
Na publicação feita pela WSL na sua conta oficial na rede social Instagram, Nat Young reagiu à situação, expressando o seu descontentamento.
"Pelo que conclui da situação, a onda foi perdida e assim foi determinado o 4,03 pts. Nunca concordei que fosse um 5 ou 6 pts", assegura o goofy californiano.
"Estou aqui para os comentários", escreveu Gabriel Medina, que recentemente também esteve na berlinda quanto ao julgamento, mas em contexto do circuito mundial de surf.
"Porque não fazem isto ao nível do CT?", questionou Tatiana Weston-Webb.
Por sua vez, Kelly Slater mostrou compreensão e disse: "Parece que o julgamento baseou-se no tamanho da onda ao invés de focar no surf. Gosto que seja reconhecido e abordado. Não deve haver atitude defensiva nestas situações, pois somos todos humanos", afirmou o 11 vezes campeão mundial de surf.
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