Pelo segundo ano consecutivo, Mihimana Braye marcou presença no "seu" Tahiti Pro, a etapa taitiana do circuito mundial de surf que tem lugar nos tubos de Teahupoo.
Desta vez, Mihimana não acedeu ao heat draw do evento devido a lesão de um top mundial, como aconteceu no ano passado em substituição do australiano Ethan Ewing, mas sim porque proclamou-se vencedor dos trials.
Aí, foi mais forte do que outros grandes especialistas na arte de entubar como são os conterrâneos Kauli Vaast, Matahi Drollet ou Eimeo Czermak. Este era portanto um aviso à navegação daquilo que Braye é capaz de fazer no quintal lá de casa.
Por isso foi sem surpresa que, tal como na edição de 2023, o goofy taitiano voltou a deixar a sua marca no Tahiti Pro, ainda que o seu resultado final até tenha sido pior do que na estreia. Há um ano alcançou o quinto posto, fruto de ter atingido os quartos-de-final, enquanto agora quedou-se pela nona posição.
Na ronda de repescagem, o surfista taitiano foi o responsável pela eliminação do norte-americano Griffin Colapinto, líder do ranking mundial na chegada a Teahupoo.
Assim, Mihimana Braye repetiu a gracinha registada em 2023, onde tinha afastado o brasileiro Filipe Toledo, então número 1 mundial. Se Toledo conseguiu segurar a licra amarela no seu corpo, já Colapinto cedeu a liderança do ranking com a derrota precoce.
Curiosamente, nessa edição do Tahiti Pro, também derrotou Griffin Colapinto na ronda inaugural. Um prenúncio...
Contas feitas, em toda a sua carreira, Braye apenas surfou meia dúzia de baterias na divisão máxima do surf mundial. Venceu metade. Dois desses triunfos amealhados foram às custas dos líderes do ranking mundial na altura.
Um verdadeiro 'carrasco' da licra amarela, assim é Mihimana quando é chamado a defrontar os tops mundiais no temido reef break de Teahupoo.
Carrasco de uns, mas a verdade é que este goofy também possui as suas pedras no sapato. Em 2024, esta foi o havaiano John John Florence na ronda 3.
Utilizando capacete, não obstante conhecer o perigoso pico como poucos, Mihimana Braye vendeu bem cara a derrota a John John, o finalista vencido.
Apenas 0,14 pts separaram os dois surfistas num dos heats mais equilibrados do épico dia decisivo e cujo resultado final só foi conhecido para lá do toque da buzina.
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