A primeira metade do circuito mundial de surf de 2024 foi muito dura para o surf brasileiro, nomeadamente para a laureada tropa masculina, que nos últimos anos tem dominado a cena na divisão máxima por força da muito badalada tempestade brasileira.
À lesão de João Chianca, ainda no defeso, juntou-se após Pipeline a saída de cena do bicampeão mundial Filipe Toledo para tratar da sua saúde mental e os resultados mais discretos dos restantes elementos, encabeçados pelos antigos campeões do mundo Gabriel Medina e Italo Ferreira.
Foi neste contexto mais delicado, sem qualquer vitória e presença em finais das cinco etapas disputadas, que o contingente do país irmão enfrentou o Tahiti Pro, sexta etapa do CT 2024 e a primeira após o cut de meio da temporada.
Cut esse que provocou baixas no seio da armada brasileira. Que o digam Luana Silva, os manos Pupo, Deivid Silva e Caio Ibelli.
Como não há mal que nunca acabe, o histórico Tahiti Pro marcou o grito de revolta face ao sucedido na primeira metade do ano, que tanta tinta fez correr na imprensa especializada de todo o globo. A aguardada reivindicação!
A prova de Teahupoo será relembrada não só pelas condições épicas em que teve lugar, mas também pelos extraordinários desempenhos plasmados pelos surfistas originários do país irmão nas esquerdas taitianas.
Ora, vejamos talo Ferreira arrecadou pela primeira vez a vitória no Tahiti Pro, oferecendo ao Brasil o primeiro triunfo em etapas do CT 2024 para além da estreia vitoriosa do próprio Italo em Teahupoo.
Depois, tivemos duas notas máximas (10,00 pts). A perfeição nos cilindros de Teahupoo foi atingida por Gabriel Medina, quinta vez naquela latitude, e por Tatiana Weston Webb.
A vice-campeã mundial de surf em 2021 fez um dos melhores tubos da história do surf feminino de competição, naquela que foi a primeira nota perfeita de uma mulher no Tahiti Pro (ali voltaram a competir desde 2022 após longo hiato).
Para completar o círculo, somente faltou a vitória de Tati no evento feminino, mas a wildcard local Vahine Fierro estragou o plano, relegando para o terceiro posto a antiga campeã mundo do ISA. Não obstante a incrível nota 10 conseguida por Weston-Webb no vibrante duelo das meias-finais.
Foi desta forma que contou-se a história brasileira no Tahiti Pro, um evento no qual o país irmão pode muito bem ter feito as pazes com o CT 2024.
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