Francisca Veselko jamais irá esquecer o ano de 2023. Tudo começou com a histórica conquista do título mundial Júnior da World Surf League (WSL) - primeira surfista portuguesa a conseguir essa proeza - ao qual juntou-se o segundo título nacional Open da carreira.
Pelo meio e não menos importante, Kika afirmou-se no competitivo circuito Challenger Series, último degrau no acesso ao CT.
Na segunda fase da temporada, Veselko obteve o quinto posto no Challenger da Ericeira e a terceira posição no evento de Saquarema, naquele que até ao momento é o seu melhor resultado no circuito. A competidora de Carcavelos fechou a campanha no 12º posto do ranking.
À margem da apresentação do calendário da Liga MEO Surf 2024, a surfista de 20 anos esteve um pouco à conversa com o MEO Beachcam.
Entre outros temas, abordou a entusiasmante ponta final de ano.
"Não houve grande segredo. No meu primeiro ano completo na Challenger Series, acho que acabei por perder quase sempre de primeira. Foi muito duro. Apercebi-me que tinha de trabalhar a minha consistência e melhorar o meu surf e a técnica. Acho que o segredo foi não desistir e continuar a trabalhar todos os dias, cada vez puxar um bocadinho mais. O título mundial Júnior também me trouxe bastante confiança para começar o ano. Nas últimas etapas, estava bastante confiante e com muita motivação de vencer. Acho que todo o meu trabalho e resiliência deram frutos", analisou a duas vezes campeã nacional Open (2021 e 2023).
Quanto a nova época, Kika tem os objetivos bem delineados. "O meu grande objetivo para começar o ano é a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris'2024. Depois, claro, a qualificação para o CT. Ainda falta uma etapa para chegar à Challenger Series, mas o objetivo é chegar ao circuito mundial de surf. Trata-se de um sonho que surgiu por volta dos meus 9/10 anos e para o qual trabalho todos os dias. É mesmo onde quero chegar", confidencia.
No defeso, a irmã de Jaime Veselko revelou que tem vindo a trabalhar num aspeto em particular do seu surf. "Este ano também tenho estado a melhorar a técnica tubular. Acho que é muito importante e era algo que estava a faltar para ficar com o pacote completo no surf. Já tinha um surf com power e bastante consistência, mas faltava os tubos", disse Kika Veselko, que vai tornar-se na primeira mulher a competir no Capítulo Perfeito, evento especial tubular.
A confiança é máxima para o que está pela frente: "Estou com pranchas boas, uma equipa incrível por detrás, com a qual temos desenvolvido um trabalho muito bom e profissional. Acho que tenho tudo do meu lado para que seja um ano de sucesso", assegura.
Por último, a campeã mundial Júnior da WSL em 2022 falou sobre a ausência de surfistas portugueses no último Mundial, disputado em Oceanside no passado mês de janeiro.
"Estava na esperança que o Joaquim Chaves pudesse ter um wildcard. Infelizmente, não conseguiu. Independentemente de não ter havido presença portuguesa, de certeza que este ano vamos ter surfistas no masculino e no feminino, com chances de alcançarem os títulos mundiais. O surf português está a crescer muito. Todos têm um grande nível", entende.
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