Terminou no passado sábado o Mundial Júnior da World Surf League (WSL) versão 2023 que decorreu durante a semana em Oceanside, no estado norte-americano da Califórnia, naquela que foi a primeira prova do novo ano debaixo da esfera da entidade que tutela o surf profissional.
As ondas do pier de Oceanside, nas quais não tivemos surfistas portugueses em competição, coroaram o norte-americano Jett Schilling e a australiana Sierra Kerr, que tem apenas 16 anos de idade.
Para além dos respetivos títulos mundiais, ambos os surfistas asseguram vaga no circuito de Challenger Series de 2024, onde vão lutar pela qualificação para o circuito mundial de surf de 2025.
Oriundo da Califórnia, Schilling usou da melhor forma o wildcard concedido pela organização para tornar-se no primeiro surfista norte-americano a alcançar o título mundial Júnior da WSL. Já Sierra Kerr, filha do antigo top mundial Josh Kerr, sucedeu à portuguesa Francisca Veselko como campeã mundial da categoria. Curiosamente, em 2023, Kika foi a responsável pela eliminação de Sierra nas meias-finais.
Com a proeza protagonizada em Oceanside, Kerr devolveu à Austrália um título que já escapava desde 2016, altura em que Macy Callaghan proclamou-se campeã do mundo.
Em pouco mais de um mês, Sierra Kerr arrecadou a segunda coroa mundial da carreira, uma vez que também sagrou-se campeã mundial ISA Sub-16.
Com 16 aninhos, completará 17 em fevereiro, Kerr mostrou toda a qualidade do seu surf, que faz desta jovem atleta a nova coqueluche do surf 'aussie' e para quem são projetados altos voos.
A partir dos quartos-de-final, a surfista australiana anotou notas excelentes em todas as baterias realizadas e construiu scores combinados sempre acima dos 16,00 pts. No dia das finais, a filha de Josh Kerr abateu a tropa norte-americana no seu reduto.
Sierra começou por derrotar Talia Swindal na meia-final, enquanto na bateria de todas as decisões suplantou a wildcard Zoe Benedetto, com o decisivo contributo de uma onda 9,00 pts, que ajudou a perfazer o score combinado de 16,83 pts face aos 11,50 pts somados pela adversária que derrotou a peruana Sol Aguirre nas meias-finais.
Derrotado no setor feminino, o surf norte-americano redimiu-se na prova masculina. O título ficou em casa com o feito de Jett Schilling.
O sucessor do australiano Jarvis Earle (eliminado nos quartos-de-final) como campeão mundial iniciou o dia das finais com um triunfo contundente sobre o compatriota e também californiano Levi Slawson, que na edição transata tinha sido vice-campeão do mundo.
Depois, numa final 100% goofy, o surfista de San Clemente derrotou o havaiano Jackson Bunch, com a pontuação combinada de 16,23 pts contra os 13,37 pts do competidor de Maui. Aos 20 anos, Jett assinou a despedida perfeita da categoria Júnior.
Com o título mundial no bolso, Schilling vai agora tentar a qualificação para o CT via Challenger Series. Em 2023, lutou por esse objetivo, tendo fechado o ano no 15º posto do ranking.
WSL
Resultado final feminina:
1ª Sierra Kerr (AUS) 16.83 2ª Zoe Benedetto (USA) 11.50Resultado final masculina:
1º Jett Schilling (USA) 16.23 2º Jackson Bunch (HAW) 13.37Resultados meias-finais femininas:
HEAT 1: Zoe Benedetto (USA) 10.17 DEF. Sol Aguirre (PER) 9.77 HEAT 2: Sierra Kerr (AUS) 16.17 DEF. Talia Swindal (USA) 12.26Resultados meias-finais masculinas:
HEAT 1: Jett Schilling (USA) 14.00 DEF. Levi Slawson (USA) 4.50 HEAT 2: Jackson Bunch (HAW) 16.63 DEF. Leo Casal (BRA) 13.33
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