Terminou esta sexta-feira o Mundial ISA Júnior de 2023 que decorreu na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro.
Face à previsão de falta de ondas, o evento brasileiro foi concluído de forma antecipada, pois a janela de espera fechava apenas no domingo, dia 3 de dezembro.
Nas ondas pequenas da Praia da Macumba, Portugal esteve em destaque, arrecadando uma medalha e igualando a melhor classificação coletiva de sempre num Mundial ISA Júnior. Orientada por David Raimundo, a equipa portuguesa chegou ao dia das finais com seis surfistas ainda em prova, dos 12 que foram convocados.
Em termos individuais, a melhor performance foi plasmada por Francisco Ordonhas que é o vice-campeão mundial Sub-18. Ordonhas arrecadou a medalha de prata após ter alcançado o segundo posto na final da categoria Sub-18 masculina.
Num embate renhido, o competidor de 18 anos anotou o score combinado de 14,87 pts, tendo assegurado o segundo posto com a última onda surfada, que valeu 7,87 pts.
Francisco ficou apenas a 0,50 pts da medalha de ouro, que ficou na posse do brasileiro Ryan Kainalo. O espanhol Kai Odriozola e o nipónico Tenshi Iwami ficaram na terceira e quarta posições, respetivamente.
"Não estava à espera disto, apesar de saber que tinha potencial para alcançar um bom resultado. Era um sonho que perseguia e estou um pouco sem palavras, ainda a processar o que fiz. Este foi o meu último ISA Júnior e agora tenho de apontar para, o mais cedo possível, ir ao ISA Open e fazer igual", explicou Francisco Ordonhas em comunicado oficial da Federação Portuguesa de Surf (FPS).
Quanto aos restantes surfistas portugueses que estiveram em ação neste dia final, João Mendonça obteve o quinto lugar na categoria Sub-18 masculina, onde Francisco Mittermayer fechou o evento na 13ª posição.
Entre os Sub-16, Matias Canhoto e Jaime Veselko ocuparam a sétima e nona posições, respetivamente, enquanto Teresa Pereira foi 10ª classificada na prova feminina.
Performances que contribuíram para que Portugal terminasse o Mundial ISA Júnior de 2023 na sexta posição em termos coletivos, numa classificação que foi conquistada pelo Brasil, que fez prevalecer o fator casa para garantir um triunfo que já fugia há 20 anos. O país irmão foi secundado pelos Estados Unidos da América e o Japão.
Desta forma, a formação portuguesa igualou a melhor classificação de sempre neste certame, que tinha sido registada em 2015, no Mundial de Oceanside, nos Estados Unidos da América.
A Seleção Nacional foi o segundo melhor conjunto europeu, classificando-se logo atrás da Espanha, que leva para casa o ouro de Hans Odriozola na categoria Sub-16 masculina. Já a japonesa Anon Matsuoka e a australiana Sierra Kerr são as novas campeãs mundiais Sub-18 e Sub-18, respetivamente, no setor feminino.
"Assinámos hoje a melhor prestação de sempre de uma Seleção Nacional Júnior. Apesar de igualarmos o sexto lugar em Oceanside, desportivamente fomos mais fortes, pois nunca tínhamos colocado tantos surfistas nos quartos-de- final. Além de que em 2015 beneficiamos de ter a Teresa Bonvalot a competir em dois escalões. E depois, hoje conseguimos um vice-campeão do mundo. Isto não é fruto do acaso, é sim, produto do trabalho de anos destes atletas, dos seus treinadores, clubes e, obviamente desta federação que tem apostado fortemente nos jovens e no futuro do surf nacional. Estamos todos de parabéns", afirmou João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf.
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