Entre os 20 surfistas portugueses presentes no Pro Santa Cruz, quinta etapa do circuito QS regional europeu 2023/2024 para o setor masculino, Frederico Morais é o nome de maior relevo.
Vencedor deste evento em 2019, ano em que requalificou-se para o circuito mundial de surf, Kikas volta a competir em Santa Cruz numa altura em que curiosamente está a tentar nova requalificação para a divisão máxima do surf mundial.
E as coisas têm vindo a correr de feição para o top 10 do mundo em 2021. Ao cabo de quatro etapas já disputadas no circuito Challenger Series de 2023, Frederico ocupa o quinto posto do ranking, estando por isso em posição de qualificação para o CT do próximo ano.
Isto numa altura em que faltam disputar duas etapas (Ribeira d'Ilhas e Saquarema), no próximo mês de outubro, pelo que esta aparição de Morais no Oeste visa preparar esses grandes desafios.
"Vou encarar este campeonato como se sendo o campeonato de Ribeira d'Ilhas. Passo aqui muito tempo a treinar. É um sítio que adoro e está ao lado de casa. Já ganhei aqui, pelo que voltar faz sempre muito sentido. Não conseguia deixar passar este evento em branco", disse o surfista português na conferência de imprensa de apresentação do Pro Santa Cruz, que arrancou esta quarta-feira nas ondas da Praia do Norte.
Frederico Morais destacou igualmente o lote de adversários que o Pro Santa Cruz reúne. "O nível europeu está altíssimo, desde os mais novos aos mais velhos. Temos cá por exemplo o Michel Bourez. Sei que vai ser um campeonato complicado, por isso também decidi participar", disse o competidor que a par do espanhol Andy Criere são os únicos antigos vencedores do QS de Santa Cruz em prova.
Bem colocado no ranking masculino da presente Challenger Series, Frederico Morais não esconde o bom momento que tem vindo a atravessar, que teve como ponto mais alto o vice-campeonato em Ballito, na África do Sul.
"Esta é sem dúvida uma boa fase. Saí o ano passado do CT e passou a ser um objetivo requalificar-me. Foi algo que quis provar a mim mesmo. E estou bem encaminhado, faltam dois eventos que gosto: Ribeira d’Ilhas e Saquarema, no Brasil. Tem tudo para dar certo. É continuar a trabalhar e esperar pelo melhor", afirmou.
A menos de um mês do início do EDP Vissla Ericeira Pro, Kikas falou sobre o facto de que as ondas da Reserva Mundial de Surf têm vindo ser palco de treinos nos últimos tempos, conforme fez saber através das redes sociais.
"É verdade agora tenho passado um pouco mais tempo na Ericeira para preparar o evento de Ribeira d'Ilhas. Tenho experimentado pranchas novas para ter certeza de que tenho o material certo e assim tentar eliminar todos os erros que dependem de mim", explicou o competidor de 31 anos.
Por último, Frederico falou um pouco sobre o atual momento do surf masculino português no QS regional europeu. "Em comparação com o nível feminino, onde temos uma data de atletas a dar cartas, se calhar sente-se um pouco mais de dificuldade em dar o pulo. Porém, ainda agora vimos em Pantín o Joaquim Chaves fez meias-finais e o Guilherme Ribeiro chegou aos quartos-de-final. O ano passado, o Gui ganhou o QS de Lacanau. Acho que aos poucos estamos a começar a furar aquela barreira. Potencial não nos falta. Falta ali um clique, mas penso que em breve irá acontecer e veremos vários surfistas portugueses lá cima", entende.
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