O US Open of Surfing é a quarta etapa da Challenger Series versão 2023, marcando o início da segunda metade da temporada no circuito onde estão em jogo vagas de acesso ao CT do próximo ano.
Alguns, depois de um início de campanha mais discreto, procuram nas ondas de Huntington Beach relançar a corrida à qualificação para a elite mundial. No outro lado da moeda, há já quem tenha feito os deveres após meia temporada, algo que é raro de suceder, dada a alta competitividade que pauta este circuito.
Falamos daquilo que Cole Houshmand fez, pois tornou-se no primeiro surfista a garantir via Challenger Series a qualificação para o CT 2024.
O competidor norte-americano, que lidera o ranking, garantiu de forma bem antecipada a vaga mundialista após o triunfo no seu compromisso da ronda 2, a primeira em que entrou em ação neste histórico evento.
"Nada disto parece real. Tentei manter a minha compostura. Sinto muitas emoções e parece que fui recompensado por todo o trabalho duro e sacrifícios", confidenciou o surfista californiano em comunicado oficial da World Surf League (WSL).
Aos 22 anos, o goofy californiano conseguiu meter-se pela primeira vez a tempo inteiro na divisão máxima do surf mundial, depois de já este ano ter feito a estreia no CT ao participar no Surf Ranch Pro, onde alcançou o 17º posto.
A qualificação é o corolário de uma primeira metade de temporada superlativa por parte de Cole e que acaba por ser surpreendente.
Após a derrota de primeira na Gold Coast, não indo além do 33º posto, Houshmand surgiu em modo imbatível, vencendo duas etapas consecutivas: Sydney e Ballito. Repetiu aquilo que o indonésio Rio Waida havia feito em 2022.
Porém, Rio teve de esperar pela visita à 'nossa' Praia de Ribeira d'Ilhas para fechar as contas e tornar-se no primeiro surfista indonésio a atingir o CT. Cole, conseguiu desde já fechar a histórica qualificação e logo em casa.
Um momento inesquecível, depois do último ano não ter sido nada fácil para o natural de San Clemente, que na Challenger Series de 2022 quedou-se por um modesto 57º lugar no ranking final, com o melhor resultado a ser um nono lugar, curiosamente alcançado em Huntington Beach.
"O ano passado foi um dos mais difíceis para mim. Tudo acontece por uma razão. Estou muito feliz por ter conseguido a qualificação diante da minha família e amigos. Não queria um melhor lugar para que isto acontecesse", finalizou.
Este é também um novo impulso para o surf masculino norte-americano, que sofreu uma autêntica razia no CT após o cut.
Se não fosse o wildcard salvador atribuído a Kelly Slater, apenas Griffin Colapinto estaria a representar o surf do país do Tio Sam na elite mundial. Isto porque Kolohe Andino, Nat Young e Jake Marshall foram cortados.
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