A sexta etapa do circuito mundial de surf de 2023, o Surf Ranch Pro, acabou no passado domingo, mas continua a fazer correr muita tinta. Na sequência das críticas feitas publicamente por Gabriel Medina e o atual campeão mundial Filipe Toledo aos critérios de julgamento levados a cabo pelos juízes da World Surf League, o CEO da entidade, Erik Logan, escreveu uma carta aberta a toda a comunidade da WSL.
Logan considera que é "inadmissível que qualquer atleta questione a integridade dos nossos juízes que, assim como os nossos surfistas, são profissionais de elite".
Para o CEO da WSL, "nenhuma pessoa ou grupo de pessoas está acima da integridade do desporto".
Nesse sentido, Erik Logan diz que a WSL rejeita "completamente a sugestão de que o julgamento das nossas competições seja de alguma forma injusto ou preconceituoso", alegações que o responsável considera que "não são apoiadas por nenhuma evidência".
Na missiva, Erik explica que "primeiramente, os critérios de julgamento são fornecidos aos atletas antes de cada competição. Todos os atletas que competiram no Surf Ranch Pro receberam esses materiais no dia 20 de maio. Todos os atletas tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os critérios na ocasião". Porém, o responsável máximo da WSL afirma que "nenhum dos atletas que fizeram essas declarações, aproveitou essa oportunidade no Surf Ranch Pro".
O CEO da WSL relembra igualmente que as "regras permitem que qualquer atleta revise a nota de qualquer onda e receba uma explicação mais detalhada de como foram pontuadas pelos juízes. Esse processo existe há vários anos e é o resultado direto do trabalho com os surfistas, para trazer mais transparência ao processo de julgamento".
Como tal, Erik Logan afirma que "não é apropriado, e é uma violação da política da liga, que os surfistas optem por não se envolver com o processo adequado e, em vez disso, expor suas queixas nas redes sociais".
"Vários atletas do Surf Ranch Pro receberam pontos por elementos como progressão e variedade, por isso é simplesmente incorreto sugerir que estes pontos não são levados em consideração nos critérios de julgamento. Além disso, as nossas regras foram aplicadas de forma consistente ao longo da temporada, inclusive em eventos que foram conquistados por atletas que agora questionam essas mesmas regras", acrescenta.
Por último, Logan revelou que nos "últimos dias, vários surfistas, juízes da WSL e funcionários foram vítimas de assédio, intimidação e ameaças de violência, incluindo ameaças de morte como resultado direto dessas declarações".
Situações que segundo Erik Logan "nunca deveriam acontecer no nosso desporto, ou em qualquer desporto. Estamos arrasados com o facto de membros da nossa comunidade estarem sujeitos a isso. É um lembrete importante para todos nós de que as palavras têm consequências. Esperamos que toda a comunidade da WSL esteja connosco na rejeição de todas as formas de assédio e intimidação".
Não esquecendo que o surf é um "desporto com critérios subjetivos em constante evolução", a World Surf League abre a porte a um "debate robusto sobre a progressão do nosso desporto e os critérios usados para julgar as nossas competições".
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