Depois da tradicional cerimónia de abertura, que incluiu a parada das nações e a respetiva entrega dos frascos de areia de cada país, esta quarta-feira arranca a ação propriamente dita no Mundial ISA de El Salvador.
Pela segunda vez nos últimos três anos, a competição organizada pela Associação Internacional de Surf (ISA) irá desenrolar-se naquele país da América Central, tendo como palco as ondas de El Sunzal e La Bocana até ao próximo dia 7 de junho.
Este é um evento em que não estão só em jogos os títulos mundiais individuais e coletivos. O Mundial de El Salvador representa novo momento de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris'2024. Oito vagas (4 para os homens e 4 para as senhoras) estão em disputa. Serão agarradas pelos melhores surfistas dos seguintes continentes: Europa, África, Ásia e Oceânia. Em termos do continente americano, as duas vagas serão determinadas nos Jogos Pan-Americano de Santiago do Chile, a disputar no último trimestre de 2023.
Em El Salvador, teremos 294 atletas em competição, num total de 63 nações presentes, número que representa um novo recorde neste certame.
Índia, Letónia, Maurícias e República Checa são os países em estreia.
Desse lote de 63 seleções nacionais, consta a equipa portuguesa. O selecionador David Raimundo optou pelos mesmos seis surfistas que estiveram no último Mundial ISA, realizado em Huntington Beach, nos Estados Unidos da América.
Estes são: Frederico Morais, Guilherme Fonseca (medalhado de cobre em 2022), Guilherme Ribeiro, Yolanda Hopkins (vice-campeã mundial em 2021), Francisca Veselko e Teresa Bonvalot, que já está qualificada para Paris'2024 via circuito mundial de surf. O mesmo sucede com a gaulesa Johanne Defay, a brasileira Tatiana Weston-Webb e a costarriquenha Brisa Hennessy. Deste a quarteto, apenas Brisa falha o evento.
Nos próximos dias, teremos em prova muitos surfistas. Basta ver que a primeira ronda do setor masculino tem 48 baterias, enquanto 36 heats dão forma à ronda inaugural das senhoras.
No que toca aos surfistas que viajaram até El Salvador, encontramos um pouco de tudo. Desde completos desconhecidos a nomes mais famosos, passando por antigos ou vigentes campeões mundiais da World Surf League (WSL). Uma autêntica parada de tops mundiais é aquela que vai ocorrer nas águas de La Bocana e El Sunzal.
Desde logo, destaque para presença de Filipe Toledo, o atual campeão do mundo de surf. Para além de Toledo, a armada brasileira no setor masculino é composta ainda pelo três vezes campeão mundial Gabriel Medina e por João Chianca, um dos surfistas em maior destaque na primeira metade do CT 2023. De fora, ficou o campeão olímpico Ítalo Ferreira. Nas senhoras, Tati terá a companhia da experiente Silvana Lima e da jovem Luana Silva.
Outra das seleções mais fortes é a dos Estados Unidos da América, que aqui também agrega os surfistas havaianos. Os antigos campeões mundiais John John Florence e Carissa Moore são os cabeças-de-cartaz num elenco que conta ainda com Griffin Colapinto, recente vencedor do polémico Surf Ranch Pro, Caroline Marks, vice-campeã do CT do Rancho, e os mais desconhecidos Tyler Gunter e Brianna Cope. Ausente está Kirra Pinkerton, que é a vigente campeã mundial ISA.
Por falar em campeões mundiais ISA, teremos em prova o atual detentor do título masculino, que é Kanoa Igarashi. Quem também não veio para brincar é a Austrália, que tem três tops mundiais nas suas fileiras: Ethan Ewing, Ryan Callinan e Liam O'Brien. No campo feminino, há ainda Sally Fitzgibbons, que por três ocasiões já foi campeã mundial ISA, a última das quais há dois anos em... El Salvador. Sem Molly Picklum ou Stephanie Gilmore, a equipa feminina conta ainda nas suas fileiras com Sophie McCulloch, foi rookie no CT em 2023, e Ellie Harrison.
Os sul-africanos Jordy Smith e Matthew McGillivray, o indonésio Rio Waida, o italiano Leo Fioravanti são outros dos atuais tops mundiais presentes. Carlos Muñoz, que este ano fez a primeira metade do CT usufruindo do estatuto de primeiro suplente, também vai juntar-se à festa.
Festa essa onde curiosamente estará o surfista que Muñoz substituiu naquelas cinco etapas mundialistas. Falamos do marroquino Ramzi Boukhiam, que lesionou-se às portas do início da época, no Havai. Depois de um longo período de período de recuperação, o primeiro surfista marroquino a atingir o CT prepara-se para finalmente regressar à competição. A França não possui tops mundiais na sua formação, mas também apresenta um conjunto forte com Maxime Huscenot, o estreante Kauli Vaast e Joan Duru, que em 2021 sagrou-se campeão do mundo ISA em El Salvador.
No lado feminino, nota ainda para a presença de Amuro Tsuzuki (medalhada de prata em Tóquio'2020), da promissora Erin Brooks, da vice-campeã mundial ISA Pauline Ado e Daniella Rosas, medalhada de cobre em Huntington Beach.
Diariamente, o Mundial ISA de El Salvador poderá ser acompanhado através das transmissões da entidade presidida por Fernando Aguerre no seu sítio oficial de internet, bem como no canal de YouTube.
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