As contas já assim indicavam desde que Teresa Bonvalot marcou presença nas três primeiras etapas do CT 2023 usufruindo do estatuto de primeira suplente. Porém, faltava a confirmação oficial.
Essa, chegou esta terça-feira por intermédio da Associação Internacional de Surf (ISA), numa altura em que estamos bem perto da conclusão da primeira metade da presente temporada do circuito mundial de surf.
Pela segunda vez consecutiva na carreira, Teresa Bonvalot assegura um lugar nos Jogos Olímpicos, o maior evento desportivo do mundo. A vigente campeã nacional Open vai marcar presença nas Olimpíadas de Paris'2024, numa prova a disputar na onda tubular de Teahupoo (Taiti), depois de ter assegurado uma das oito vagas femininas disponíveis via CT.
A entidade presidida por Fernando Aguerre confirmou igualmente as qualificações da francesa Johanne Defay, da brasileira Tatiana Weston-Webb e da costarriquenha Brisa Hennessy.
Curiosamente, tudo surfistas que também estiveram em Tóquio'2020, naquela que foi a primeira prova olímpica de surf da história.
Tudo explica-se desta forma. Olhando para as representantes da elite mundial feminina de 2023 vemos apenas cinco nacionalidades diferentes. Austrália e a conexão Estados Unidos da América/Havai dominam claramente em número de atletas, mas cada equipa apenas pode eleger duas surfistas via CT, neste caso as duas competidoras mais bem colocadas no ranking no final da temporada de 2023. Só aqui já estão metade das vagas.
Depois, sobra uma surfista brasileira, uma gaulesa, uma costarriquenha e a portuguesa... que foi a outra nacionalidade presente ao longo das cinco primeiras etapas do ano.
Isto numa época em que os wildcards deixam de contar para o ranking, mas os suplentes continuam a pontuar. Estatuto esse que termina na etapa de Margaret River, que fecha a primeira metade da temporada e está prestes a ir para a água. Daí o facto de Teresa Bonvalot ter estado elegível para a qualificação olímpica, que veio a consumar-se.
Este assim é um novo momento histórico para o surf português, que nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 esteve presente com Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins. Frederico Morais também obteve a inédita qualificação, mas acabou por falhar o evento devido ao facto de ter sido infetado com a Covid-19 dias antes da partida para o Japão.
Em Tsurigasaki Beach, Teresa, que foi a primeira mulher a surfar uma onda nas Olimpíadas, atingiu a ronda 3, acabando por ser derrotada pela experiente Silvana Lima.
Recorde-se que em breve a qualificação para as Olimpíadas de Paris'2024 estará novamente em foco, com a realização do Mundial ISA de El Salvador, entre os dias 30 de maio e 7 de junho.
Naquele país da América Central, oito vagas (4 para os homens e 4 para as senhoras) vão estar em disputa. Serão agarradas pelos melhores surfistas dos seguintes continentes: Europa, África, Ásia e Oceânia.
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