Courtney Conlogue é uma das veteranas de guerra do setor feminino do circuito mundial de surf. Por lá anda de forma ininterrupta desde 2011. Há mais de uma década, portanto. E com tantos anos a fio como top mundial, a carreira entre a elite fala por si.
Aos 30 anos de idade, a surfista californiana pode dizer que pertence ao grupo daquelas competidoras que já venceu no CT por mais de 10 ocasiões, 13 total, sendo o ramalhete composto com o facto de ter sido vice-campeã mundial em 2015 e 2016, anos em que foram Carissa Moore e Tyler Wright a recolher os louros da glória.
Muitos e bons pergaminhos por parte da surfista norte-americana, mas que de pouco valeram neste arranque de campanha de 2023. Com duas derrotas de primeira na perna havaiana, Courtney chegou a Peniche com a sombra do cut sobre si. A margem de erro era praticamente nula na visita ao mais famoso beach break do Oeste português.
Em Supertubos, onde em 2019 sofreu uma concussão que deixou fora de ação durante 10 meses, Conlogue arrancou um "resultado crucial" para fugir a uma medida que não é grande adepta.
"Existir um cut é interessante e muito entusiasmante para os fãs. Somos 17 tops mundiais e apenas 10 depois do cut. É um elenco muito pequeno. Seria bom se tivéssemos mais mulheres envolvidas."
A análise é da atual 12ª classificada do ranking mundial (abaixo do cut) em conversa com os jornalistas no pódio do MEO Rip Curl Portugal, evento no qual foi segunda classificada e assim obteve um "resultado crucial" para fugir ao corte que irá haver após a perna australiana, a começar em menos de uma semana.
Para além do cut, a surfista de 30 anos também não mostrou morrer de amores pela atual fórmula de finalíssima para determinar os campeões mundiais. A surfista norte-americana preferia a velha forma, na qual teve muito perto de tocar o céu.
"Sou fã de que existam múltiplos eventos para definir a campeã mundial. Adorava ter 10 eventos para decidir o título mundial", disse Courtney Conlogue, que esteve perto de tornar-se na primeira surfista a vencer nas duas latitudes portuguesas que já acolheram etapas mundialistas (Peniche e Supertubos). Só que o fenómeno Caitlin Simmers não deixou, numa final que pode bem ter marcado o render da guarda no surf feminino norte-americano.
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