Nos últimos dias, foi apresentado o conhecido relatório do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão (ISAF) do Museu de História Natural da Florida. Desta feita, com os dados respeitantes a 2021.
De acordo com os números divulgados, o ano passado houve um total de 137 ataques destes predadores a seres humanos no planeta Terra.
Deste número, 39 ataques foram provocados, isto é segundo o ISAF houve interação prévia entre animal e ser humano, enquanto 73 não foram provocados, o que significa que ocorreram no habitat natural do tubarão sem qualquer provocação por parte do ser humano.
A maioria destes incidentes não provocados aconteceu nos Estados Unidos da América, havendo a reportar um total de 47 ataques.
No que diz respeito a estes ataques não provocados, o número registado representa um acréscimo em relação a 2020, tendo existido um aumento de 28%. Há dois anos, houve 52 ataques. No entanto, apesar deste aumento, o número final está em linha com a média anual da última meia década, que é de 72 ataques.
“Os ataques de tubarão diminuíram drasticamente em 2020 devido à pandemia. O ano passado foi muito mais típico, com números médios de ataques de uma variedade de espécies e mortes causadas por tubarões-brancos, tubarões-touro e tubarões-tigre”, explicou Tyler Bowling, diretor do ISAF, à publicação britânica 'The Guardian'.
A maioria destes incidentes não provocados aconteceu nos Estados Unidos da América, havendo a reportar um total de 47 ataques. Cifra que representa 64% do total. Sem surpresa, o estado da Florida foi aquele onde houve mais problemas. Foram contabilizados 28 ataques. Segue-se o Havai com oito ataques.
Nesta lista, o terceiro lugar é ocupada pela Austrália (12). Seguem-se o Brasil, Nova Zelândia, África do Sul, mas também destinos mais exóticos como a Nova Caledónia e Saint Kitts e Nevis.
Ataques Fatais
Em termos de ataques fatais, há a contabilizar 11 vítimas mortais, das quais nove foram em contexto de ataques não provocadas. Foi na Austrália que houve um maior número de ataques mortais. Três contra dois na Nova Caledónia e um no Brasil, Estados Unidos, África do Sul e Nova Zelândia.
Continuando a analisar os ataques não provocados, o relatório do ISAF respeitante a 2021 diz que 51% dos ataques estiveram relacionados com o surf ou outros desportos de prancha. 38% envolveram praticantes de natação e 6% praticantes de bodysurf.